A professora Marly Della Latta explicou um pouco sobre as doenças transmitidas pelo mosquito AEDES AEGYPTI, os seus sintomas, tratamentos e prevenções.
DENGUE
- Doença:Dentre as três, é a mais conhecida e presente no Brasil. O número de casos de dengue confirmados no Paraná subiu para 4806, sendo 586 importados de outras localidades. Em 182 municípios já foram confirmados casos da doença. O número de cidades em epidemia aumentou, passando de 11 para 14 cidades.
- Transmissão:O vírus da dengue é transmitido pela picada do mosquito Aedes Aegypti e o Aedes Albopictus.
- Sintomas: Febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Em casos extremos, a dengue pode matar.
- Tratamento:A pessoa com sintomas da dengue deve procurar atendimento médico. As recomendações são ficar de repouso e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue. Caso apareçam os sintomas da versão mais grave da doença, é importante procurar um médico novamente.
CHIKUNGUNYA
- DOENÇA: 11 casos confirmados neste período epidemiológico. Apenas 1 é autóctone, ou seja, contraído no município de Mandaguari da Regional de Maringá.
- INFORME TÉCNICO nº10 DA SE 31/05 A SE 05/2016 ATUALIZADO EM 10/02/2016 às 18h30min
- Os primeiros casos “nativos” da doença no Brasil, apareceram em setembro do ano passado em Oiapoque, no Amapá. Antes disso, já haviam sido detectados casos de pessoas que contraíram a virose fora do país. A origem do nome Chikungunya é africana e significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.
- Transmissão: É transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti (presente em áreas urbanas) e Aedes Albopictus (presente em áreas rurais).
- Sintomas:O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes são raras.
- Tratamento: Como no caso da dengue, não há tratamento específico. É preciso ficar de repouso e consumir bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.
ZIKA
- Doença: A doença pode ter sido detectada na Bahia, mas ainda não está confirmada. A suspeita é de que ela tenha sido trazida para o Brasil durante a Copa do Mundo.
- Desde dezembro de 2015, foram notificados 10 casos suspeitos de microcefalia em sete cidades do Paraná. Oito casos foram descartados por não se enquadrarem nos critérios de microcefalia estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
- Transmissão: Mais uma vez, o Aedes Aegypti é o vilão da história. Mas o vírus também é transmitido pelo Aedes Albopictus e outros tipos de Aedes.
- Sintomas: O vírus não é tão forte quanto o da dengue ou da Chikungunya e os pacientes apresentam um quadro alérgico. Os sintomas, porém, são parecidos com os das doenças “primas”: febre, dores e manchas no corpo. Quem é infectado pelo Zika também pode apresentar diarreia e sinais de conjuntivite.
A preocupação em relação ao zika vírus é a sua relação com a Microcefalia.
Vírus Zika X Microcefalia
Microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a Microcefalia. O Instituto Evandro Chagas, órgão do Ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com Microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial.
As investigações sobre o tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes Aegypti, responsável pela disseminação doença.
- Tratamento: Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios que aliviem os sintomas e que não contenham AAS.
PREVENÇÃO
- Não deixe acúmulo de água.
- Ponha areia nos vasos das plantas.
- Faça furos nos pneus velhos.
- Cuidado com a caixa d’água.
- Remova folhas e galhos das calhas.
- Evite cultivar plantas aquáticas.
- Mantenha latas e garrafas emborcadas para baixo.
- Use telas protetoras.
- Cuide das piscinas.
- Preste atenção ao lixo.
- Uso de repelentes.