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Faltam Farmacêuticos em metade das farmácias do País

11 fev

Esta foi uma das manchetes de uma matéria produzida pelo jornal Folha de São Paulo do dia 20 de janeiro de 2014. O texto tem por base uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ).

 

Os pesquisadores investigaram dados de todos os conselhos regionais de farmácia e entrevistaram 1923 usuários e 2331 profissionais, chegando a seguinte conclusão: dos 97 mil estabelecimentos farmacêuticos existentes no Brasil, metade funciona irregularmente, sem técnico responsável em horário integral. Entre as funções do Farmacêutico estão conferir o receituário médico, orientar o consumidor sobre o medicamento, como por exemplo: uso correto, interações com alimentos e outros medicamentos, a conduta correta do paciente em casos de efeitos colaterais e reações adversas, importância do tempo de tratamento e expectativa do efeito terapêutico.

 

Além da atenção farmacêutica, o Farmacêutico pode praticar a prescrição farmacêutica, que consiste na prescrição de medicamentos que não exigem receituário médico. A pesquisa mostrou também que em muitas farmácias, é o atendente que faz às vezes de Farmacêutico. “Isso expõe a população a complicações em quadros clínicos de saúde e até rico de morte”, afirmou Marcus Vinícius Andrade, que coordenou a pesquisa. Para a Associação Brasileira de Farmácias (Abrafarma), existe um déficit de ao menos 30 mil profissionais. Hoje há 180 mil Farmacêuticos registrados no país, mas 30% não trabalham em farmácias, atuam nas outras 72 atividades que o mercado de trabalho oferece aos farmacêuticos.

 

Para Pedro Eduardo Menegasso, presidente do conselho regional de farmácia de São Paulo, o que ajuda a causar o déficit as vezes é a má distribuição dos profissionais. Segundo Walter Jorge João, do conselho federal de farmácia, o conselho está ministrando cursos online incentivando que mais pessoas façam farmácia para sanar este déficit.

 

Segundo o professor Marcos Joaquim Vieira, coordenador do curso de farmácia da Uniguaçu, o que ajudou para que faltassem farmacêuticos no mercado de trabalho foram essencialmente três fatores: o crescimento exacerbado das farmácias de manipulação, a necessidade de novos farmacêuticos nos hospitais e o aumento nos últimos cinco anos de novas atribuições para o farmacêutico. “Haverá um crescimento nos próximos anos das farmácias veterinárias de manipulação, mais uma atividade exclusiva do Farmacêutico”, prevê o professor Marcos.

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