União da Vitória - PR Alterar Cidade

Uniguaçu divulga estudo comparativo do comportamento da evolução do Coronavírus no Brasil

06 abr

CENÁRIO DO CORONAVÍRUS DO BRASIL E NA REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DAS COLIGADAS UB – CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IGUAÇU – UNIGUAÇU, CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL, FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO CENTRO DO PARANÁ – UCP E FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IVAÍ – UNIVALE.

Prof. Msc. Daniel Alberto Machado Gonzales – pi@uniguacu.edu.br

Prof. Msc. Edson Aires da Silva – reitoria@uniguacu.edu.br

 

Estudos realizados nas Coligadas UB, Centro Universitário Vale do Iguaçu – UNIGUAÇU, Centro Universitário Campo Real, Faculdade de Ensino Superior do Centro do Paraná – UCP, têm apresentados modelos matemáticos que mostram o comportamento da evolução do Coronavírus no Brasil e em comparação com alguns outros países que estão em estágio mais avançado em relação à Pandemia, como Estados Unidos, Itália e Espanha.

 

A pesquisa, coordenada pelos professores Daniel Alberto Machado Gonzales, graduado em matemática, especialista no ensino da matemática e mestre em Desenvolvimento e Sociedade e o Professor Edson Aires da Silva, graduado em Geografia e Administração, especialista em Ecologia, mestre em Engenharia de Produção, conta com referências mundialmente conhecidas em pesquisas com epidemias, como o caso da Imperial College of London, Massachussetts Institute of Tecnology, duas das mais renomadas instituições de Ensino do mundo, Boston Consulting Group, Centro de Estudos Estratégicos do Exército Brasileiro, Rastreador Covid-19 da Microsoft, Universidade de Santa Cruz do Sul, Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde do Brasil, além de outras referências sobre o assunto.

No Gráfico 1, nota-se que os primeiros dezesseis dias, o Brasil teve um crescimento do número de mortes mais acentuado que Itália e Estados Unidos, onde a Itália supera os números apenas no 17º dia, mas muito se assemelhando os crescimentos do número de mortes dos três países, uma das hipóteses levantadas, é a que os países possuem características culturais bastante parecidas, como forma de organização da sociedade e comportamento. As duas cidades foram pegas como referências, também para confrontar a hipótese que a Itália possui uma densidade demográfica muito superior ao Brasil (Itália 201 hab/km² e o Brasil 24,96 hab/km²), o que faria com que a disseminação da epidemia não possuiria o mesmo comportamento por aqui, e por este motivo, foi comparado com os Estados Unidos (33,22 hab/km²), uma vez que o país apresenta as características de densidade muito próximas ao Brasil.

 

Porém, nota-se que o Brasil possui regiões onde a densidade também é bastante alta, como pode ser observado na FIGURA 1 abaixo, onde regiões como SUL, SUDESTE, litoral do NORDESTE, DISTRITO FEDERAL e algumas capitais do CENTRO OESTE e NORTE do país, apresentam valores superiores a 100 hab/km².

O país, vem adotando medidas por Estados (unidades federativas) com maior cautela, o que já pode estar apresentando uma diminuição do ritmo de contágio e de mortes, porém, as medidas restritivas mais acentuadas podem trazer resultados menos impactantes em relação ao número de mortes principalmente, uma vez que diminuindo o acúmulo de casos que necessitem de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) ao mesmo tempo, podem fazer com que o sistema de saúde brasileiro consiga atender em sua totalidade, mesmo precisando de reforços com novos leitos em algumas regiões.

 

Alguns países como Japão, Alemanha, Coréia do Sul e Austrália, vêm adotando medidas menos rígidas para o controle da epidemia, porém esses países possuem uma cultura de higiene, comportamentos de distanciamento social, massificação dos testes na população para saber o real número de infectados e localização dos mesmos para que possam tomar atitudes pontuais, sendo atitudes diferentes do Brasil, além dos países citados, os países como Itália, Espanha e Estados Unidos possuem uma estrutura de saúde que atendem, com muita qualidade, a totalidade de suas populações, o que se agrava quando se pensa a nível de Brasil.

 

Por isso, os números de infectados pelo COVID-19 no Brasil, pode ser diferente dos que vêm se apresentando nas mais diversas fontes, sendo a preocupação maior ainda, pois estimam que o número possa ser 5, 10 ou até 20 vezes maior dependendo da fonte de dados. O GRÁFICO 2 abaixo, mostra a evolução do número de casos de Coronavírus no país, em comparação com Itália, Estados Unidos e Espanha, desde o surgimento do primeiro caso oficial do COVID-19.

Pode-se notar que no GRÁFICO 2, o número de casos confirmados no Brasil e na Itália se assemelha bastante nos primeiros 38 dias a contar do primeiro caso confirmado de COVID-19, porém, a metodologia de ambos os países podem ser um fator negativo ao Brasil, pois não estão sendo realizados testes ostensivamente como nas demais localidades, o que pode levar a hipótese que o número de infectados no país seja muito maior.

 

Para que se entenda a evolução e o comportamento do fenômeno epidemiológico no Brasil, apresenta-se no GRÁFICO 3, a evolução do número de mortes diárias.

Nota-se que o número de mortes diárias no Brasil, está entre as características apresentadas na Itália e Estados Unidos, por este motivo, foram pegos os dois países como referências, uma com densidade demográfica muito superior ao Brasil (Itália) e outro semelhante (Estados Unidos), levando em conta também as características da pirâmide etária dos países, onde a Itália apresenta grande proporção de pessoas mais idosas e os Estados Unidos mais próximo do Brasil, com uma população relativamente mais jovem que a Itália.

 

A situação no Brasil aos dias 04/04/2020, onde finalizou os estudos para este artigo, a quarentena teve maior intensidade sendo amplamente aplicada a grande maioria dos Estados do país, na 4ª semana de março, ainda segundo os estudos da Boston Consulting Group (BCG), o pico da epidemia no Brasil deve ser atingido na 3ª semana de maio. Fazendo um estudo sobre os Estados Brasileiros, espera-se que onde se iniciou a epidemia, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, um curto potencial de bloqueio teria a data final na 1ª semana de julho e a longo potencial de bloqueio teria a data final na 2ª semana de agosto (no qual o sistema de saúde teria tempo de tomar decisões sobre aumento de capacidade de atendimento aos que necessitarem).

 

O estudo da BCG, pegando como referência fatores como capacidade governamental de gerir epidemia, o Brasil é classificado como BAIXA CAPACIDADE, levando em conta o nº de leitos a cada 100 mil habitantes e nº de respiradores. Lembrando que, os leitos não são de exclusividade para o Coronavírus.

 

Alguns Estados do Brasil tomaram decisões mais rígidas de bloqueio na 4ª semana de março, como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, o Ministério da Saúde vem constantemente reforçando à importância do isolamento e além de outras medidas, ainda um estudo divulgado e depois excluído da página do Centro de Estudos Estratégicos do Exército Brasileiro, coloca a importância do isolamento horizontal no Brasil, como medida mais eficaz para conter o avanço do número de mortes do Coronavírus.

 

O país tem um potencial de bloqueio (quarentena) a ser intensificado entre a 1ª semana de julho e a 2ª semana de agosto, devido a fatores como o pico da epidemia estar previsto na 3ª semana de maio, a história de políticas governamentais menos eficazes e o desentendimento entre a Presidência da República, com os Ministérios da Justiça e da Saúde, além da divergência com estudos do próprio setor de estudos estratégicos do exército.

Ainda cabe aqui salientar, que em artigo publicado pela BCG, os estudos estão em trabalho de aprofundamento, onde os dados não necessariamente refletem o que “irá acontecer”, mas serve para que possam ser entendidos os comportamentos do fenômeno COVID-19.

 

Outro dado interessante, que propõe uma interpretação sobre a FIGURA 2, é a FIGURA 3, que analisa 4 etapas para o comportamento do Coronavírus em outros países, adaptado pelos pesquisadores deste artigo para simular o caso do Brasil.

Pegando como base o que aconteceu na cidade chinesa de Wuhan, o Brasil iniciou o isolamento em algumas regiões de maior densidade aos dias 24 de março, onde conforme comportamento do COVID-19, se for mantido o isolamento horizontal, o pico diário de casos novos relatados seria próximo do final de abril e início de maio, considerando o início e término do isolamento, o que muito se discute “sabemos a hora de parar, mas a decisão mais difícil é saber a hora de voltar” (citação comum em redes sociais por diversos autores – senso comum), estão previstos para o fim do bloqueio curto, com o início de algumas atividades não essenciais à vida humana, próximo do final de junho e início de julho, assim como a tomada com maior intensidade do início das demais atividades, em meados do início de agosto.

Nota-se que o pico do número de mortes diárias previstas para o Brasil, ocorre na 3ª semana de abril e com grande densidade ainda na 1ª semana de maio e o número total de mortes, estaria próximo de 14.265 mortes, isso se mantidas as políticas de isolamento horizontal propostos pelos governos estaduais e a maioria dos municípios, o rompimento dessas propostas sugerem outros estudos com acentuamento do número de casos confirmados e mortes devido ao não atendimento promovido pela estrutura de saúde do país.

 

Os impactos nas regiões de abrangência das Instituições de Ensino que se dedicaram aos estudos, sendo Guarapuava – 6ª Regional de Saúde, União da Vitória – 5ª Regional de Saúde de Ivaiporã – 22ª Regional de Saúde, todas regiões do Estado do Paraná, mostram os CINCO CENÁRIOS previstos de acordo com a Imperial College of London.

As regiões citadas e suas populações:

  • 5ª Regional de Saúde – Guarapuava
  • População: 452.182

 

  • 6ª Regional de Saúde – União da Vitória
  • População: 177.311

 

  • 22ª Regional de Saúde – Ivaiporã
  • População: 128.645

Nota-se que o cenário onde a estrutura de saúde das regiões, seriam suficientes na atualidade, apenas no 5º, onde os demais teriam que haver investimentos de recursos humanos com profissionais qualificados para atender às necessidades, assim como equipamentos de respiração e leitos de UTIs, o que percebe-se nos dias de pandemia, há escassez desses equipamentos por diversos motivos, além de profissionais, tendo que haver esforços governamentais e relações exteriores para que pudessem atender aos demais cenários, porém em caráter de EXTREMA URGÊNCIA.

 

Referências e metodologia:

As fontes de dados para essa pesquisa são de forma secundária, ficando a responsabilidade da veracidade dos dados por conta das fontes citadas em cada uma das informações.

As Instituições Coligadas UB, sendo elas:

  • Centro Universitário Vale do Iguaçu – UNIGUAÇU de União da Vitória – PR
  • Centro Universitário Campo Real de Guarapuava – PR
  • Faculdade de Ensino Superior do Centro do Paraná – UCP de Pitanga – PR
  • Faculdades Integradas do Vale do Ivaí – UNIVALE

 

Prezam pela informação transparente, objetiva e com o intuito apenas de levar ao conhecimento de toda sociedade informações de interesse público, sempre priorizando a ciência como fonte de pesquisas.

 

Ainda cabe aqui destacar que as Instituições de Ensino Superior TÊM O DEVER de atender às necessidades da sociedade, onde todas as nossas instituições, cumprindo com o COMPROMISSO SOCIAL, estão promovendo ações sociais de combate do Coronavírus, como produção de máscaras para o setor público de saúde, arrecadação de alimentos, pesquisas científicas em relação aos cenários da evolução do Coronavírus e orientações sobre os cuidados a serem tomados por todos, onde todas essas ações fazem parte da EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA das COLIGADAS UB.

 

A situação da epidemia COVID-19 no Brasil e no mundo é bastante dinâmica, com alterações em comportamento da transmissão e mortalidade, sendo necessário um contínuo acompanhamento da evolução para entendimento dos novos comportamentos.

 

Coleta de dados

  • Brasil – Ministério da Saúde
  • Demais países:
    • Centers for Disease Control and Prevention (Centro para Controle e Prevenção de Doenças) – EUA
    • World Health Organization (Organização Mundial da Saúde – OMS)
    • Rastreador Bing – Microsoft
  • Imperial College of London – Modelagem dos 5 cenários
  • Boston Consulting Group – Estimativa com base na modelagem matemática preditiva, utilizando dados da John Hopkins University data – sem previsões de uma segunda onda baseada em outras epidemias
  • Journal of Epidemiology and infection Control – Official Journal from Santa Cruz Hospital Epidemiology Center anda Postgraduate Program in Health Promotion – UNISC – usando como base o comportamento da epidemia H1N1 (Influenza A) no Brasil em 2009. https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/index

 

As estatísticas preditivas sugeridas pelas Instituições, são como base nos dados oficiais, onde dependem das metodologias de alimentação de sistemas de saúde, assim como de coleta, podendo ter interpretações subjetivas, porém todo cuidado foi tomado pela equipe de pesquisadores, fazendo projeções e estimativas conforme históricos de outras epidemias.

Esses estudos terão continuidade para que sejam aprimorados os modelos matemáticos, cálculos e resultados numéricos.

Converse pelo WhatsApp

whatsapp-icon

Entraremos em contato assim que possível.