02 dez
Os atendimentos fisioterapêuticos auxiliam na melhora significativa da saúde da comunidade atendida
Os acadêmicos do quarto período de Fisioterapia tiveram nos últimos meses o contato com pacientes externos, procedendo avaliação e tratamento. Os pacientes foram triados pela Clínica Escola de Fisioterapia e realizaram as sessões nas quintas e sextas-feiras, aqui mesmo na Uniguaçu.
No total foram seis pacientes, que receberam avaliação cinética funcional fisioterapêutica para detectar os objetivos e traçar os planos de tratamento. Esses pacientes realizaram dez sessões de fisioterapia, tendo ao final a avaliação dos acadêmicos sobre a sua evolução e melhora. Esta atividade é referente a disciplina de Fisioterapia Traumato Ortopédica I, ministrada pelo professor Ricardo Germano Efing, que relata terem os acadêmicos tido a oportunidade de vivenciar pela primeira vez o atendimento clínico fisioterapêutico com os pacientes.
A acadêmica Lauriane Correia de Camargo comenta que a paciente Hilda Aparecida Barbosa atendida pelo seu grupo teve grandes resultados com o tratamento. “Ela chegou aqui com o quadro de tendinopatia do supraespinhoso (doença caracterizada pela inflamação e degeneração do tendão de um músculo do ombro). Quando iniciamos o tratamento ela tinha muita dor e agora já vemos a sua evolução. Isso nos deixa muito felizes!” Segundo o grupo, a paciente participou ativamente das sessões. “Isso é gratificante e contribui muito para a nossa formação profissional, pois é a nossa primeira experiência com paciente externo, sendo uma pessoa com uma realidade diferente e que a gente não conhece. Portanto, além do tratamento, nós aprendemos a abordar desde o convívio familiar e o espaço de trabalho, atuando de uma forma dinâmica para que o tratamento tivesse resultado”, complementa Lauriane.
Segundo a paciente Hilda o problema que tinha no braço quando iniciou as sessões na Clínica já está bem melhor. “O atendimento das meninas sempre foi muito bom, o que facilitou o tratamento. Eu vou sentir falta delas.” Ivonete Teresinha Rosa Lucio é outra paciente atendida na Clínica pelos acadêmicos. Ela iniciou as sessões porque caiu e ficou dois anos tratando os quatro tendões do manguito rotador do ombro direito. “Foi então que eu fiz cirurgia e iniciei os atendimentos aqui na Clínica. O atendimento é muito bom e os acadêmicos que me atenderam foram uns anjos.” Segundo a acadêmica Talita de Oliveira a paciente chegou na Clínica com um pós-operatório de ombro direito. “Primeiro nós tivemos que estudar muito o caso para então fazer o tratamento. Nós precisávamos tirar a dor dela, fazendo a dissociação e em todo o processo o grupo foi participativo e a paciente esteve sempre atenta aos exercícios.”
Sua colega, a acadêmica Ana Julia Batista dos Santos, explica que a paciente rompeu os quatro ligamentos e procurou a fisioterapia por indicação médica. “Quando ela chegou aqui ela não conseguia fazer muitos movimentos, pois sentia muita dor e creptação (estralo no ombro). No começo ela fazia 35 graus de abdução e de flexão e agora ela está fazendo 90 graus. A cada dia ela evolui mais.” Ana Julia ainda comenta que no começo o grupo estava muito nervoso, por ser a primeira paciente, mas que cada um fez a sua parte, realizando um ótimo trabalho em grupo para ajudar a dona Ivonete, que diz estar se sentindo muito melhor. “Antes eu não conseguia nem erguer o braço, agora eu já sinto a evolução dos movimentos. Vou sentir saudades e quero que eles saibam que vão ficar para sempre no meu coração, pois eles são muito queridos”, complementa Ivonete.
Para o professor da disciplina, Ricardo Germano Efing, nesses atendimentos os acadêmicos puderam observar em todos os pacientes uma evolução significativa na sua funcionalidade, desde o retorno as atividades tanto laborais, quanto do dia a dia. “Prioritariamente eles puderam observar que através de um atendimento focado sobre a disfunção e característica individual do paciente, a evolução não necessita ser restrita em número fechado de sessões.” Ele ainda comenta que os acadêmicos puderam ver que os pacientes já tiveram melhoras significativas imediatamente após as primeiras sessões. “Tenho certeza que isso marcou muito aos acadêmicos. Este foi o primeiro atendimento na prática. Eles estavam ansiosos e isso se traduziu em uma alegria muito grande em relação ao resultado que eles obtiveram. Desta forma a Uniguaçu coloca em prática o ensino pra valer e o compromisso social”
A coordenadora do curso de Fisioterapia, professora Giovana Simas de Melo Ilkiu, comenta que o atendimento a pacientes durante as aulas práticas faz parte do processo de formação do acadêmico para que desta forma seja estimulado o raciocínio clínico, a elaboração de objetivos e plano de tratamento fisioterapêutico de acordo com a patologia de cada paciente.
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