11 jun
Além de aproximar os estudantes da realidade social, o escritório contribui com a melhoria da qualidade de vida da população
Deparamo-nos diariamente com reformas, construções e projetos sendo executados, mas raramente procuramos saber quem idealizou e se dedicou a todo o processo. O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU) da Uniguaçu faz com que diversos projetos saiam do papel e virem realidade.
O EMAU presta um enorme serviço para sociedade, pois além de iniciar o processo de aplicação teórica por meio da prática, proporciona para os acadêmicos um estágio não obrigatório, e atende a população sem possibilidade de ter acesso ao trabalho do arquiteto e urbanista (ONGS, entidades sem fins lucrativos, comunidades com necessidades).
Segundo a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniguaçu, professora Paula Toppel, o EMAU funciona como uma experiência de troca, na qual os estudantes levam às comunidades os conhecimentos específicos de Arquitetura e Urbanismo e retornam à academia com conhecimento ampliado para realizar suas atividades.
Para participar do Escritório, precisa passar em um processo seletivo. Os projetos do Escritório são desenvolvidos pelos acadêmicos, sob orientação e supervisão de um professor. Além de ser uma prática de extensão, que reflete o compromisso social da Instituição com os cidadãos, o Escritório aproxima os estudantes da realidade social, gerando mais experiência e pesquisa. A comunidade consegue atendimento do Escritório através do Núcleo Social da Uniguaçu.
Sala Smart Uniguaçu, mais um projeto do EMAU
O projeto arquitetônico da Sala Smart Uniguaçu foi desenvolvido pelo EMAU da Uniguaçu, coordenado pela professora Bruna Maidel. Localizada no segundo piso do Centro Tecnológico Uniguaçu (CTU), a Sala Smart é utilizada para aumentar a pesquisa, o conhecimento e a criatividade dos acadêmicos. O espaço é moderno, aconchegante, acolhedor e tecnológico.
A Sala Smart é o resultado de um trabalho em conjunto do Escritório Modelo, do setor de Comunicação e Marketing e da Marcenaria da Uniguaçu. “Foi muito legal o trabalho realizado na Sala Smart. O espaço ficou visível e vai chamar muito a atenção da comunidade acadêmica. Estamos orgulhosos de toda equipe envolvida no processo e felizes com o resultado”, comenta a Reitora da Uniguaçu, professora Marta Borges Maia.
Segundo a professor Paula, uma das premissas do projeto foi a sustentabilidade. “Entendendo a necessidade do espaço foi possível usar grande parte estrutura existente, não gerando resíduos desnecessários.” A ideia principal da Sala Smart foi criar um espaço descontraído, que integre os acadêmicos e possibilite conforto.
Os acadêmicos Ricardo Sereniski, Criscieli Ritter e Claudeci Araújo Ribeiro Martins são membros do EMAU e participaram de todo o processo da obra do início ao fim, desde a criação do projeto até a compra dos materiais, visualizando cada etapa, entendendo como se materializa o projeto do papel para a realidade. A professora Bruna Maidel, arquiteta responsável pelo Escritório, comenta que o processo de execução foi enriquecedor para eles, pois foi um momento totalmente novo, onde perceberam que o projeto não é uma coisa fixa, pois ao longo da sua execução ele vai se transformando.
Etapas do projeto
Para Eduardo Ferreira Tavares, colaborador do Marketing da Uniguaçu, o primeiro desafio foi criar uma identidade para a sala que tivesse um elo com a tecnologia, aliado ao projeto desenvolvido pelo Escritório Modelo e que de alguma maneira fosse interativo. “No primeiro momento já colocamos como ponto principal fazer algo impactante, que os adesivos das paredes chamassem a atenção das pessoas que estão na sala ou passando por ela. Buscando algumas referências e também em conversa com toda a equipe do Marketing, tivemos a certeza que teria que ser algo interativo, que as pessoas parassem para ler, tirar fotos e com o objetivo de se identificarem com o que estão vendo.”
Animais por si só chamam atenção das pessoas, desde um pássaro, um cachorro ou até mesmo animais que não estão em nosso convívio. Cada animal tem sua característica própria, seu habitat, sua beleza, sua maneira de sobreviver, isso tudo proporciona uma associação com as atividades e o jeito de ser de cada ser humano, criando assim uma identidade relacionada com cada animal. E foi assim que os animais presentes nas paredes da sala foram selecionados. “O lobo, a coruja, o urso, o gorila e águia, onde percebi que cada um deles pode ser ligado à personalidade das pessoas, principalmente quando se trata de trabalho, determinação, foco e objetivos, fazendo ligação também ao âmbito acadêmico, conseguindo assim criar um conceito para cada”, complementa Eduardo.
A acadêmica do quinto período de Arquitetura e Urbanismo, Claudeci Araujo Ribeiro Martins, comenta que a equipe do EMAU pensou no conforto e aconchego de quem iria frequentar a sala. “A experiência do trabalho em equipe e do projeto em geral foi enriquecedor. Pude aprender muitas coisas que o arquiteto faz depois de formado. Juntamente com a professora Bruna nós tivemos esta oportunidade maravilhosa”, afirma Claudeci.
Corroborando da mesma ideia, o acadêmico do terceiro período de Arquitetura e Urbanismo, Ricardo Cerenisk, comenta ter vivenciado a experiência de um arquiteto no dia a dia. “Nós aprendemos que quando tivermos o cliente teremos que entrar em um consenso do que é o melhor para o projeto e o que ele quer. Nós tínhamos também um orçamento da Sala Smart, então não podíamos sair esbanjando, e é assim com um cliente real.”
Ricardo ainda comenta que a equipe do Escritório teve que entrar em consenso durante o processo de criação do projeto. Outra participante do escritório, Criscieli Ritter, acadêmica do terceiro período de Arquitetura e Urbanismo, diz estar muito feliz com tudo isso. “Trabalhamos em um grupo que não foi escolhido, mas sim selecionado. Por mais que haja muita diversidade de opinião todos chegaram a um consenso e é muito legal ver tudo pronto. Ver o que projetamos no computador agora está em escala real e sendo usado”, comenta Criscieli.
Trabalho em equipe
A professora Bruna comenta que o processo do projeto foi bem interessante. “Eu entrei quando o projeto já estava andando e o que me deixou preocupada foi a relação com o tempo que tínhamos, pois, o trabalho não foi só nosso, mas também do Marketing e da Marcenaria. Eu tentei de certa forma guiar eles para finalizarmos dentro de um tempo adequado.”
A acadêmica Criscieli comenta que no primeiro momento eles pensaram sobre o espaço e sobre não ter a disponibilidade de mudar a estrutura, apenas o seu interior. “E isso é muito interessante porque nós mudamos totalmente o espaço sem mexer em um pedaço de parede. Pensamos em fazer algo jovem e tecnológica para combinar com o Smart, estimulando as pessoas a realizar seus trabalhos.” Para ela suas expectativas em relação ao EMAU foram superadas. “Como eu vim de outra Instituição que não tinha muita oportunidade, eu vejo que faz muita diferença o que a gente faz aprendendo na prática com projetos como esse no Escritório.” Além da experiência, o escritório também auxilia os acadêmicos para sua inserção no mercado de trabalho.
O caminho inverso
O acadêmico Ricardo diz lembrar dos primeiros dias do projeto caminhando e dia após dia ele se transformando. “É uma sensação revigorante ver tudo pronto e saber que participou de cada etapa.” A acadêmica Criscieli comenta que agora faz o caminho inverso diariamente. “A nossa sala é no primeiro piso e quando eu posso subo por uma escada e desço pela outra, só para passar na frente e dar uma olhada na sala, e sempre tem alguém lá.”
Para a professora Bruna Maidel todo o processo de transformação foi excelente. “O resultado final é essa sala linda, superinteressante e descolada. Ficou um espaço intuitivo, gostoso de trabalhar e para ter alguns momentos de relaxamento. Nós do curso de Arquitetura e do Escritório Modelo temos que agradecer a oportunidade de ter feito o projeto, ajudado e acompanhado todo o processo”, finaliza.
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