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Acadêmica da Uniguaçu conquista segundo lugar no 36º Campeonato Paranaense de Taekwondo

29 maio

Keyla Caroline Engel de Paula subiu ao pódio na categoria até 62 quilos, faixa preta, Sub-21

  

Para muitos, vestir o Dobok (uniforme) pode apenas fazer parte dos treinos, mas para Keyla Caroline Engel de Paula, usar as vestimentas do taekwondo é algo que lhe faz sentir-se bem e traz a ela diversas possibilidades na vida pessoal e profissional. Keyla tem 18 anos e está no primeiro período de Educação Física na Uniguaçu. Ela pratica este esporte há 6 anos e é formada há 3 anos.

O taekwondo é uma arte marcial para defesa pessoal. É um combate sem armas que vai além de títulos e vitórias, mas sim da capacidade que cada um tem em vencer suas dificuldades pessoais e desenvolver suas habilidades nos treinamentos.

Assim como em quase todas as artes marciais, o taekwondo possui graus que vão mudando de acordo com o estágio técnico do lutador. Nas competições, os lutadores devem usar equipamentos de proteção com o objetivo de não ocorrer ferimentos em função dos golpes e também para diminuir o impacto por eles causado. As competições ocorrem pela divisão de categorias, como idade, faixa e peso.

Keyla lutou no domingo, 20 de maio, no 36º Campeonato Paranaense de Taekwondo, na cidade de Cascavel (PR), onde havia em média 600 competidores. Ela ficou em segundo lugar na categoria até 62 quilos, faixa preta, sub 21. Quem ganhasse nesta etapa, ganharia vaga na Seleção Paranaense, e para a competição do Campeonato Brasileiro.

 

O taekwondo como um caminho de vida

Keyla escolheu fazer Educação Física pois desde pequena já vinha dessa base do taekwondo. “Eu iniciei aos 12 anos e antes disso eu já fazia ginástica rítmica. Agora eu trabalho com projeto taekwondo e dou aula de dança na escola, e por isso o curso vem para agregar.”

Praticamente boa parte de sua família já praticou o taekwondo, mas antes ela não tinha interesse pelo esporte, apenas pela dança. “Minha mãe colocou meu irmão na aula de taekwondo, e era eu que levava ele para as aulas. Foi então que comecei a me interessar.” Keyla começou a treinar e agora é faixa preta. “Hoje sou professora e isso é o que me dá as possibilidades de estar fazendo faculdade hoje, o taekwondo, a dança e a Bolsa Esporte.”

A Uniguaçu reconhece os atletas que estão no ranking paranaense ou brasileiro premiando-os com bolsas parciais, para que sonhos como o de Keyla sejam realizados. Além disso, ainda contamos com várias outras formas de incentivo ao acadêmico.

Keyla comenta que além de uma parte de sua família já ter treinado taekwondo, a sua inspiração e incentivo veio também de alguns professores. “Eles sempre estiveram ao meu lado, me levaram, me disseram que o taekwondo não era só um esporte. Eles mostraram que eu podia ganhar minha vida com esse esporte.” Ela ainda comenta que agora quando se depara com atletas de alto rendimento, que são de níveis bem acima e já participaram de mundiais, se sente motivada. “Isso só me deixa com gostinho de fazer parte de tudo isso também.”

 

Preparação

No taekwondo todos os atletas já podem competir a partir da primeira faixa. O aluno deve ter interesse, saber a base dos chutes, técnicas e as regras das competições. “Eu comecei na segunda faixa, me interessei e não parei mais de ir para campeonatos. No começo eu precisava fazer dieta, mas agora não preciso mais, pois estabilizei no peso e na categoria viável a mim.”

Keyla comenta que antes precisava perder em média seis quilos para poder passar na pesagem dos campeonatos quando lutava na categoria até 55 quilos. “Eu precisava baixar muito meu peso e consequentemente eu ficava muito fraca e não aguentava as competições.” Agora, na categoria do peso ideal ela aguenta as lutas sem cansar, e consequentemente tem mais força.

Além de trabalhar no projeto de taekwondo de União da Vitória, na Escola Oficina no Bairro Rio D’Areia, Keyla se dedica aos treinos e aproveita as aulas também como um treino e a noite se dedica à faculdade. “Nos treinos eu consigo aprimorar as técnicas. Tem dias que faço treinos direcionados, que são feitos com todos que participam das competições pelo município.”

 

Os campeonatos

A atleta já tem aproximadamente trinta campeonatos. “Quando eu me formei em faixa preta, que o nível é mais difícil, eu fui duas vezes reserva da Seleção Catarinense e agora eu sou primeira no ranking Paranaense e reserva da Seleção Paranaense.” Dos trinta campeonatos que já participou, pelo menos em vinte conseguiu uma boa colocação (primeiro ou segundo lugar), já nos outros Keyla ficou entre o segundo e terceiro lugar.

Ela ainda comenta que quem seleciona os atletas para as competições é a academia Jaguar Taekwondo onde treina, pois precisam ver as condições de transporte, as inscrições, entre outras coisas envolvidas no esporte. “A academia seleciona os campeonatos mais importantes, como os estaduais que dão vaga para o Campeonato Brasileiro (para ganhar bolsas e poder competir para a Seleção Brasileira) e os regionais que valem ponto no ranking estadual.

Ano passado Keyla se lesionou em um treino e rompeu um dos ligamentos do pé. “Eu fiquei cinco meses parada e acabei perdendo campeonatos importantes que poderiam me ajudar a ficar melhor no ranking.” Devido a lesão teve que usar gesso, bota ortopédica e fazer fisioterapia até se recuperar. “Ainda assim, quando faço alguns movimentos, sinto uma dor fraca.”

Neste domingo, 3 de junho, Keyla irá competir no Campeonato Regional em Matinhos (PR) e no dia 23 e 24 de junho no Campeonato que acontece em Curitiba (PR).

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