21 fev
O convênio entre a Uniguaçu e a Universidade Pablo de Olavide existe
há 3 anos e possibilita o intercâmbio de alunos no curso anual
Pelo terceiro ano consecutivo estudantes da Uniguaçu, acompanhadas por um professor responsável, trocaram as férias de janeiro por conhecimento e novas experiências no exterior. O convênio firmado em outubro 2014 entre a faculdade e a Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, na Espanha, leva, anualmente, acadêmicos e acadêmicas para participar, por um mês, do curso de Teorias Críticas em Direitos Humanos.
Em 2017, o curso aconteceu de 9 de janeiro a 10 de fevereiro. Em 5 semanas intensas de aulas e palestras, três acadêmicas da Uniguaçu e três da faculdade Campo Real, fizeram intercâmbio cultural, tendo acesso a professores e autoridades de renome internacional.
Segundo o professor João Vitor Passuello Smaniotto, docente do curso de Direito da Uniguaçu e que acompanha os alunos na viagem, o curso e recheado de novas experiências, intercâmbios culturais, permitindo uma nova visão sobre os assuntos debatidos. “Ver assuntos sob novas perspectivas, com outros pontos de vista faz com que você aumente o
poder de análise e o poder de crítica sobre assuntos diversos. O contato com outros professores que pensam de maneira diferente daqueles daqui é uma experiência fundamental no processo de aprendizagem”, comenta o professor.
Durante o curso, as acadêmicas conviveram com estudantes de diversos lugares da Europa, da América Latina, e de diferentes áreas do Brasil, como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, e Rio Grande do Sul. Também tiveram contato com profissionais vinculados ao direito, como juízes, desembargadores, promotores de justiça, advogados, como também de
diversas outras áreas, como profissionais de trabalhos sociais, psicologia, filosofia, antropologia, sociologia e ciências políticas. “Aqui o aluno passa 5 anos em contato direto com os profissionais da área jurídica, com algumas experiências multidisciplinares. Lá, o choque é permanente, porque durante 5 semanas você tem um curso que
aborda os direitos humanos desde diversas “miradas””, conta o professor João Vitor Passuello Smaniotto.
A programação do curso foi composta por aulas, palestras, seminários e mesas-redondas de discussão, que abordaram assuntos atuais, como a atual situação política e econômica de algumas partes do mundo, como China, Rússia, União Europeia, Estados Unidos e América Latina. Também se discutiu sobre as crises democráticas evidentes que se passam
nestes mesmos espaços, destacando o exemplo do Brasil com o processo de impeachment vivido em 2016.
Alguns profissionais de renome internacional marcaram presença no curso, como o professor de Direito do Trabalho, Antônio Baylos Grau, da Universidade Cartilha La Mancha; o secretário da Comissão de Direitos Humanos Latino-americana, prof. Manuel Eugenio Gándara – que inclusive já visitou a Uniguaçu em 2014; o professor Antonio Carlos
Wolkmer, da UFSC; o cientista político Juan Carlos Monedero, um dos fundadores e membros do partido político Podemos e professor da Universidade Complutense de Madrid; também o professor da Universidade Autônoma de Madrid, Carlos Taibo, referência em assuntos de decrescimento econômico; as professoras María José Fariñas Dulce, da Universidade Carlos III de Madrid; a professora Lina Gálvez Muñoz, professora da UPO referência em estudos de gênero, que juntamente com a professora Carol Proner e Francisco Infante Ruiz coordenam o curso.
Este ano ainda houve a participação no seminário principal da ex-Presidenta do Brasil, Dilma Roussef; do ex-Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; e do presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, o juiz Roberto de Figueiredo Caldas.
Como já referido, este ano participaram três acadêmicas (agora já formadas) da Uniguaçu, Dayusa, Mirela e Patricia. Para Dayusa Souza a experiência de participar de um curso internacional é muito importante para sua carreira. “Uma das coisas que mais me chamou a atenção foram os temas tratados, pois eram de grande relevância internacional e
sempre faziam uma ponte com os direitos humanos. Além do curso ser aberto para estudantes de outros países, o que deixava ainda mais profunda as reflexões, além dos alunos apresentarem seus pontos de vista a partir da vivência de seus países”.
A acadêmica Mirela Ohpis ainda complementa que o curso a fez compreender melhor a teoria crítica dos Direitos Humanos, mudando sua forma de enxergar o Direito. “Mudou a minha postura de enxergar o Direito e a minha vontade de mudar as coisas e ser mais uma pessoa lutando pelos direitos humanos, pelos direitos das pessoas. Voltei com muita vontade de trabalhar nessa área. Foi incrível a oportunidade que a Uniguaçu proporcionou aos acadêmicos”, comenta.
Um dos pontos mais interessantes para a acadêmica Patrícia Albuquerque foi a reflexão feita pelo professor Manuel Eugenio Gándara, a qual ele relata que a Declaração dos Direitos Humanos deveria ser efetiva na prática, como uma visão mundial e não como uma visão ocidental e que se aplica ao mundo inteiro. “O problema é a completude das concepções do “correto”. Cada cultura enfrenta suas dificuldades da maneira que acha correto, busca respostas com base nas suas concepções. O que não é universal, não se pode declarar como tal com base em uma cultura”, comenta.
As inscrições para quem deseja participar em 2018 ainda não estão abertas, mas os interessados podem tirar suas dúvidas entrando em contato com o professor responsável, João Vitor Passuello Smaniotto, pelo e-mail prof_joaovitor@uniguacu.edu.br
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