21 jun
Acreditar em honestidade, integridade moral e caráter nos dias em que corrupção é pauta de todos os jornais, rádios e internet, se torna difícil. É quase uma utopia para quem acompanha os últimos acontecimentos políticos nacionais. Mas como nada é impossível e não se pode generalizar, alguns gestos simples resgatam a fé na humanidade.
Algumas situações são realmente tentadoras, mas o que prevalece é a consciência de cada pessoa. Imagine se você encontrasse dinheiro no chão da cantina da faculdade. Mil pensamentos com o que gastar esse valor surgiriam, não é mesmo?! Imagine então se fosse R$100,00? Impossível de acontecer? Não. Esse foi o caso da acadêmica do quinto período de Farmácia da Uniguaçu, Brenda Gassmann, que nadando contra a maré atual, decidiu procurar o dono e devolver o dinheiro perdido.
A discente da instituição, durante à noite, é funcionária no xerox do Centro Tecnológico Uniguaçu e quando estava no seu intervalo, encontrou o dinheiro no chão. “Foi às 20h. Eu fui lanchar e o dinheiro estava bem em frente à cantina”, conta. No primeiro momento, Brenda já tentou encontrar o suposto dono e devolver o dinheiro achado. “Na hora eu perguntei ao Seu Luiz, dono da cantina, se alguém estava procurando. Ele falou que ninguém tinha perguntado nada, então eu avisei que se alguém fosse atrás, estaria comigo”, complementa.
Há um mês, o dinheiro está com a coordenação acadêmica da faculdade. A atitude de Brenda, além de um exemplo, impressionou o corpo docente e todos que ficam sabendo da história. Para o professor Marcos Joaquim Vieira, coordenador acadêmico, a aluna teve um gesto nobre, considerando a postura da sociedade atual, em que os valores éticos são cobrados em segundo plano. “Ela teve uma atitude que é impactante, pois a honestidade passou a impressionar as pessoas pela inversão de valores que hoje existe. Encontrar dinheiro que não lhe pertence e ir procurando o dono é uma atitude que nos surpreende nesse sentido. Então, tem sim, que ser levado a público para que outras pessoas tenham o gesto como exemplo”, afirma o professor.
Para a acadêmica que achou o dinheiro, devolvê-lo sempre foi o certo a se fazer. “O dinheiro não era meu. Meus pais me ensinaram que eu não posso ficar com o que não me pertence. Assim como eu trabalho para conseguir meu dinheiro, alguém trabalhou para conseguir esse que foi perdido”, conta. A aluna ainda complementa. “É a mesma coisa se fosse eu quem tivesse perdido algo, eu gostaria que me devolvessem. Vai da consciência de cada um”, finaliza.
As imagens resgatadas das câmeras do edifício, mostram que o valor encontrado no chão da cantina pertence à uma garota alta, magra e loira. Quem souber mais informações pode entrar em contato com a coordenação acadêmica.
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