15 abr
O Paraná tem sido um Estado modesto quando se trata de competir por vagas nos tribunais de Brasília, omitindo-se na apresentação de nomes e quando os tem não se empenhando como deve para lograr êxito.Com o Ministro Felix Fischer no STJ as coisas começaram a mudar, já que, com méritos, conseguiu levar mais dois paranaenses para aquele Tribunal, os Ministros Kukina e Néfi Cordeiro.
Desta feita, na busca para preencher a vaga aberta com a saída do Ministro Joaquim Barbosa, o Paraná se apresentou com 2 nomes, sendo eles Luiz Edson Fachin e Clèmerson Merlin Clève, dois grandes juristas brasileiros.Fachin se apresentou com a vantagem de ter estado com a Presidente Dilma por ocasião do preenchimento da vaga deixada pelo Ministro Ayres Brito, sendo que naquela ocasião a escolha foi pelo Ministro Roberto Barroso.
Fachin não foi naquela mas deixou boa impressão e simpatia na entrevista que teve com Dilma. Ganhou pontos.Clèmerson apresentou-se com a simpatia de inúmeros juristas e de ministros do próprio STF, carregando consigo uma história, uma obra e um preparo jurídicos que poucos possuem na República. Dois craques do Direito que caminharam com elegância e extremo respeito até o desfecho final, que agora se deu em favor de Fachin.
Na caminhada, não raro, o próprio Clèmerson manifestou a amigos que Fachin tinha preferência e que estaria feliz se assim fosse o final. Do mesmo modo, Fachin também confidenciou a amigos que Clèmerson preenchia todos os atributos e que se sentiria feliz se a escolha recaísse sobre ele. Ganhou o Paraná, que terá um Ministro no STF e sai da caminhada bem posicionado para disputar futuras vagas, já que Clèmerson seguirá sendo um nome sempre com indiscutível condição de merecer a indicação.
Merece registro que a Presidente Dilma, apesar da demora, mais uma vez, demonstrou o quanto leva à sério os critérios técnicos para a escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal.Embora se saiba que não escolheu Fachin por ser do Paraná, mas pelos atributos que indiscutivelmente detém, não se pode deixar de registrar que fez pelo Estado o que um Presidente da República nunca fez ao indicar para o STF um moço que foi criado no solo vermelho de Toledo, no oeste paranaense e que fez história em Curitiba.
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