União da Vitória - PR Alterar Cidade

Acadêmicas de Direito Ugv participam do I Moot da OAB Paraná, em Guarapuava

25 ago

O I Moot da OAB Paraná, uma das inovações da 8ª Conferência da Advocacia Paranaense (que acontecerá de 25 a 27 de outubro na capital Paranaense), seguiu com mais uma etapa nesta quinta-feira (24/8), em Guarapuava, onde também aconteceu uma das conferências preparatórias do evento estadual.  Nove equipes representando cursos de direito da região estão na competição, que reúne mais de 100 estudantes, entre participantes e ouvintes. Entre essas equipes, está o time aqui da Ugv – Centro Universitário: Lia Mohr, Maria Eduarda Gavronski, Janaina Werus, Gabrielli Schultz, Kimberly Woginski e Agnes Kopko, acompanhadas do prof. Cainã Domit Vieira.

A competição consiste no julgamento simulado sobre um caso hipotético de acidente de trânsito, em que se discute a coisa julgada. Os estudantes, depois de um amplo estudo do caso e orientados por um coach, fazem a sustentação oral em favor do apelado e do apelante. Uma banca, que simula a câmara de desembargadores do Tribunal de Justiça, avalia o desempenho das equipes.

“O Moot está sendo uma ótima surpresa para nós, como OAB e subseção de Guarapuava, pela integração e aproximação que estamos tendo com as faculdades. O objetivo com esse evento é realmente preparar o aluno para o seu exercício profissional futuro. Então, conjugamos o interesse da OAB, que é sempre proporcionar o aprimoramento profissional, e dos estudantes que pretendem ingressar na carreira da advocacia”, avaliou a presidente da subseção de Guarapuava, Maria Cecília Saldanha, após o início dos trabalhos.

Vivência

A estudante Lia Flávia Dobrikopf Mohr, do 8º período do curso de Direito do Ugv – Centro Universitário, fez uma das sustentações e ressaltou a importância de vivenciar uma das principais atividades da advocacia. “Essa é uma oportunidade muito enriquecedora, ter esse compartilhamento de experiências com os professores e os colegas, e ver o que vamos enfrentar na prática nos tribunais”, disse.

Na dinâmica para participar da competição, a acadêmica conta que foram dias de estudos e pesquisas sobre a doutrina e a jurisprudência sobre o tema. “Achei muito importante essa iniciativa da OAB, pois a sustentação oral nos tribunais pode ser decisiva e essa prática nós não temos nas faculdades, especialmente no processo civil”, destacou Lia Flávia.

A acadêmica Maria Eduarda Cioczek Gavronski, também do 8º período de Direito da Ugv, também enfatizou o fato de conhecer a prática nos tribunais: “Agora me sinto um pouco mais preparada para ingressar na profissão. Consegui entender a dinâmica das sustentações nos tribunais, já que em nossa cidade não temos acesso às sessões. Fazer agora essa simulação que depois deve se tornar real é muito importante para nós”.

Aprendizado

“É um evento muito edificante. Na faculdade tratamos mais de situações relativas ao primeiro grau e nesta competição ganhamos experiência também com o segundo grau. Aproveito para agradecer o apoio do escritório em que estagiamos”, observa a participante Camila Maria Kaminski. Sua colega de equipe, Evelyn Wessendorf Halachen, aponta o aprendizado proporcionado pelo Moot. “O caso é complexo e precisamos contar com o apoio de professores e da coach. É um aprendizado para a vida acadêmica e também para a carreira profissional. Agradeço à OAB e espero que tenhamos mais atividades como essa”, comentou a estudante.

O professor de Processo Civil Cainã Domit Vieira foi o responsável por preparar a equipe da Ugv e contou do entusiasmo dos alunos em propor a participação no Moot. “Fizemos o estudo do caso, analisamos as teses, os precedentes, e desenvolvemos a fundamentação que foi apresentada”, explicou. O coach da equipe ainda enalteceu o fato do Moot ser voltado ao processo civil. “A competição trouxe um ânimo, principalmente por ser de processo civil, cujas sustentações não chamam tanta atenção quanto no processo penal, que têm até um lado de entretenimento. É interessante que se tenha em nossa área atividades interessantes como essa”, ressaltou.

Avaliações

A avaliação das equipes é feita por uma banca de advogados, que também vivencia a experiência pela primeira vez, pois seus componentes se colocam na posição de julgadores. “É uma experiência muito válida para todos os que estão participando, para nós, que analisamos a situação dos novos advogados e para eles irem se adaptando ao sistema, que certamente, na continuidade, vão utilizar muito”, destacou a advogada Ester Fenianos, que percebeu grande empenho por parte dos estudantes: “Todos se prepararam muito bem”.

“Os acadêmicos estão bem engajados, estudaram o caso, trouxeram muito conteúdo do direito internacional e do direito comparado. Na sessão que avaliei, as duas equipes mencionaram jurisprudência dos Estados Unidos. Eles trataram a ciência do processo, trazendo para suas teses esse conteúdo. Saíram do padrão e buscaram conteúdos mais inovadores”, observou o advogado Hermano Faustin Câmara, de Irati.

O advogado Mauricio Zahdi Stencinski veio de Imbituva para ser um dos avaliadores e destacou: “Essa é uma oportunidade fantástica para os acadêmicos, fundamental para que desenvolvam competências, não só técnica, mas também emocional, de saber falar, se comportar e atuar sob pressão”.

A competição

Os participantes do Moot são estudantes que já concluíram no mínimo 40% da grade curricular ou já cursaram pelo menos uma disciplina de Direito Processual ou prática forense. Os times podem ter de dois a seis estudantes e um professor orientador. Eles também contam com o apoio de mentores indicados pela subseção.

Na primeira fase, os competidores apresentaram memoriais e participam das rodadas de sustentações orais. As semifinais e as finais vão ocorrer em Curitiba durante a 8ª Conferência da Advocacia Paranaense, em outubro.

A equipe vencedora receberá um prêmio de $R 12 mil. As segunda e terceira colocadas levam prêmios de R$ 8 mil e R$ 4 mil, respectivamente. Os estudantes vencedores ganham ainda cursos da Escola Superior da Advocacia (ESA) e oportunidade de imersão em escritórios. Serão premiados também o melhor memorial (R$ 1.500) e o melhor orador (R$ 1.500.) Os avaliadores são advogados ou professores convidados pela comissão organizadora.

Confira abaixo algumas imagens. Para a galeria completa, acesse logo mais o álbum Guarapuava Moot em: https://flickr.com/photos/oabpr

Converse pelo WhatsApp

whatsapp-icon

Entraremos em contato assim que possível.